08 maio, 2010

Personagem Malinosa

Eu sei, eu sei... A semana passada não fui à feira buscar material pro blog... 

Estava aqui a pensar comigo: "tenho que arranjar algo que colmate esta falha grave". 
Então lembrei-me: "epah, e que tal juntar no mesmo post um pau em forma de fisga, um fenómeno da natureza e um cagadoiro de canas??? É mesmo isso!" Vou falar-lhes de mais uma personagem malinosa, o TITO CRAVINA"

Ora bem, por onde é que hei-de começar...?

Bom, se calhar começo mesmo pelo cagadoiro de canas, que é sempre algo agradável aos sentidos. Para quem não sabe, antigamente (e se calhar ainda hoje se usa esta tecnologia) nos meloais e outras cearas afins, as pessoas também precisavam, como hoje, de ir à casa de banho (sim, já se caga há muitos, muitos anos, pessoal). 

Visto estarem no meio do campo construíam umas casinhotas próprias para o efeito. Normalmente tinham uma estrutura simples, com 3 paredes e uma porta (feitas de madeira ou telhas de zinco) e não tinham tecto nem chão. O facto de não ter tecto servia para arejar. O facto de não ter chão servia mesmo pra cagar... Isto porque a estrutura tinha normalmente por baixo um buraco (ou era assente em cima de uma pequena valinha) para onde iam os dejectos, que por aí ficavam ao ar livre (mas sem problema, lembram-se que a coisa arejava, não era? Pois, pois, fiem-se nessa...). Para quem ainda não conseguiu visualizar sugiro que vejam o filme "Quem quer ser Milionário" que há lá uma cena que se passa num cagadoiro do género (será que foram os Portugueses que levaram a tecnologia pra Índia? Fica a questão...).

Então como as pessoas faziam? A parte de baixo do cagadoiro era muito simples: tinha normalmente umas tábuas onde as pessoas se punham de cócoras a "aviar o material" (sei que alguns "arquitectos", mais comodistas, tinham uma roda de Vespa a fazer de assento, mas isso já é tecnologia muito avançada, principalmente para esta estória).

Bom, e perguntam vocês: "então e onde entra o pau em forma de fisga?". E eu respondo: "calma que já lá vamos". 

Comecemos primeiro com o Sr. Tito Cravina, o tal fenómeno da natureza. Ao que parece o homem era muito avantajado num certo sítio. Digamos que se alongava em certa zona; ou que ao longe parecia um tripé; ou que se fosse da realeza era conhecido como o "conde da vara longa"; ou que... Enfim, acho que já lá chegaram, não?

Bom, a partir daqui a coisa é muito simples. O senhor tinha um problema quando recorria à tecnologia ultra-avançada dos cagadoiros de canas. Adivinhem o problema quando ele se agachava e algo de si tocava lá em baixo, nas profundezas do cagadoiro... Não seria agradável, certamente... 

Pois bem, vai daí ele resolveu a questão com classe e com uma contra-tecnologia ainda mais avançada, qual MacGyver: arranjou um pau com a forma de fisga numa das pontas, de forma a que ele pudesse repousar todo o seu Ser enquanto tranquilamente, agachado e rodeado de moscas, se desfazia por aí abaixo...